quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A arte no tempo de D. João V

Com o ouro do Brasil, D. João V mandou construir o Palácio-Convento de Mafra, ao estilo Barroco. Este estilo artístico caracterizava-se pela decoração abundante (com talha dourada, azulejos e mármores) e pela utilização de linhas curvas.
Vê um documentário feito por alunos do 8º E no ano letivo 2012/2013:
 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A sociedade portuguesa no tempo de D. João V

O comércio dos produtos brasileiros (açúcar, ouro, diamantes) permitiu a D. João V obter grande riqueza. Por isso, tornou-se um rei muito poderoso, decidindo tudo sobre a governação do reino, concentrando nas suas mãos todos os poderes, sem necessidade, portanto, de convocar as Cortes. D. João V detinha o poder legislativo (fazia as leis), executivo (mandava executar as leis) e judicial (julgava quem não cumpria as leis). Era, portanto, um rei absoluto.
 
A corte de D. João V era uma das mais ricas da Europa, com mobílias luxuosas, tapeçarias, tapetes e paredes decoradas com azulejos. Havia sessões de poesia, teatro, música, dança, jogos de cartas, de damas e de dados. Eram dados grandes banquetes, onde não faltavam o café e o cacau.
 
D. João comparecia sempre luxuosamente vestido, transportado em coches banhados a ouro. O luxo impressionava a população, que via o rei quase como um deus. Podemos concluir, portanto, que D. João V utilizava o luxo como forma de afirmação do seu poder absoluto.
 



A seguir apresenta-se um excerto do filme "Maria Antonieta", onde se pode ver o exemplo de uma festa numa corte europeia.
 

As condições de vida dos escravos no Brasil

Os Portugueses transportaram milhares de escravos africanos para o Brasil. Eram transportados em navios negreiros, em condições desumanas e alvo de maus tratos constantes. Muitos acabaram por fugir e esconder-se. Em alguns casos, raros, alguns conseguiram obter a liberdade, dada pelo dono como recompensa pelos serviços prestados.

A origem da população brasileira

A produção de cana de açúcar e a descoberta das minas de ouro e diamantes provocaram uma grande movimentação da população: - de Portugal para o Brasil: milhares de colonos portugueses (à procura de uma vida melhor) e missionários (para evangelizar os índios; - de África para o Brasil: milhares de escravos, para trabalhar nas plantações de cana de açúcar ou nas minas de ouro; - do litoral do Brasil para o interior: os missionários (para evangelizar os índios e protege-los da escravatura) e os bandeirantes (à procura de índios para escravizar, ouro e pedras preciosas). Estas movimentações conduziram ao aumento populacional do Brasil e a uma grande diversidade cultural.

O Brasil e a escravatura

Nos séculos XVII e XVIII, as maiores riquezas que chegavam a Portugal vinham do Brasil, primeiro com a exploração das plantações de cana-de-açúcar, mais tarde com a exploração das minas de ouro. A exploração económica do Brasil conduziu ao transporte forçado de milhares de escravos africanos, em condições completamente desumanas

O Império Português no século XVIII

Entre o século XVI e o século XVIII, o Império Português perde território no Oriente (devido à concorrência dos ingleses, dos franceses e dos holandeses) mas ganha territórios no Brasil (devido à ação dos bandeirantes).

Quando os comerciantes portugueses perderam o domínio do comércio oriental, procuraram novos produtos no Brasil, onde passaram açúcar em grandes quantidades nos séculos XVII e XVIII.

No século XVIII, o Império Português era constituído por:
- Ásia: Goa, Damão e Diu (na Índia), Macau e Timor;
- África: Guiné, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique;
- América: Brasil.

No século XVIII, a principal rota marítima era o comércio triangular, realizado no Oceano Atlântico entre Portugal, África e Brasil. A África iam buscar a malagueta, o marfim e, sobretudo, os escravos que levavam para o Brasil. Do Brasil traziam o ouro, os diamantes, o açucar, o algodão, o cacau, o café e o tabaco. D. João V obteve grandes lucros com o ouro pois recebia a quinta parte de todo o metal extraído das minas.